Insensata
 
Mergulho nessa infinda insensatez
sem me importar com nada, julgamentos,
separo para mim alguns momentos,
por julgar ter chegado a minha vez.
 
Atiro meus pudores contra os ventos
e rompo os meus silêncios, sisudez,
deslizo devagar em tua tez
a sentir, das paixões, os seus rebentos.
 
Repouso meu olhar nos olhos teus
e, sem pudor, a ti eu peço e  imploro
clemência para o amor que em mim viceja.
 
Eu não me nego mais aos sonhos meus,
e sinto o toque teu em cada poro,
pois sou aquela que te quer, deseja.
 
Brasília, 22 de Julho de 2011. 
PURA CHAMA, pág. 56



 
Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado)
Enviado por Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado) em 22/07/2011
Reeditado em 05/06/2017
Código do texto: T3110619
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