Perdida
 
Perdida, em meio ao sonho e fantasia,
eu vago pelo mundo meu afora,
e nada sinto dentro em mim agora,
além de uma profunda nostalgia.
 
E vago dia e noite, noite e dia,
do alvorecer até a triste aurora,
levando a minha caixa de Pandora,
perdida de mim mesma e da poesia.
 
Andando para o nada, vou perdida,
pisando em minhas dores, minhas mágoas,
chorando, dentro em mim, meus dissabores.
 
E busco, mundo adentro, a minha vida,
cortando meus sertões, meus rios, águas,
sorvendo a seiva dessas minhas dores.
 
Brasília, 21 de Julho de 2011.

Seivas d'alma, pg. 87

 
Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado)
Enviado por Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado) em 21/07/2011
Reeditado em 17/08/2020
Código do texto: T3110517
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