CERRO COM FLORES...
Esta agonia, este torpor em que me quedo,
a desolação e o desprazer que me tolhem
deixam-me num labirinto que me faz medo.
São ais e dores que em mim se acolhem...
Cerro com flores as portas do meu segredo,
onde pássaros feridos param e se recolhem.
Mas sinto que p’ra cerrar portas ainda é cedo,
tal como sei que essas horas não se escolhem!
Nestas vagas de incerteza em que me debato,
neste mar de sonhos e desejos em que nado,
todo o meu ser...tudo em mim, eu arrebato...
E este meu Eu...tão carente e desirmanado,
alimenta quereres e vontades, sem recato.
Mas tudo é nulo...Sou um ser desanimado!...