COISA RARA

Nas noites que eu fugia envenenado

Em haustos ardentes me abargantava,

A dor do absente amor que amantava

Os arranhões no seio desgraçado.

E já falava louca a boca alcoolizada,

A lua envergonhada brumava-se no céu

E cada hausto sequente era um troféu

Na vida duma alma apaixonada.

E tudo era pela triste lembrança dela

Nas noites que eu saia sem cautela

Sofrendo pelo amor que me negara.

Amigos rindo como os vagalumes,

Na escuridão se perdem em negrumes,

Diziam: Amor assim é coisa rara!

(YEHORAM)

YEHORAM BARUCH HABIBI
Enviado por YEHORAM BARUCH HABIBI em 18/07/2011
Reeditado em 25/08/2011
Código do texto: T3103858
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