MORTE INACABADA
Oh! Não me negues em absoluto a despedida,
Senhor do tempo que a mim se encerra agora,
Tenhas tu compaixão desta minha desdita vida,
Pois estou bem acordado no espírito de outrora.
E mesmo que o meu corpo venha aqui ser velado,
Não, quero como uma carcaça subir a um infinito,
Onde fica a dor humana, em sepulcro abandonado.
Oh! Não me negue senhor o apelo que eu vos grito.
Deixe este único sentido que ainda me resta existir,
Para que eu olhe por alguns momentos quem amei,
E veja sua verdade, se ela por minha falta irá sentir.
Em vida tudo o que fui..., pra esse amor me entreguei,
Mais que a própria dor da morte me doeu dela partir,
Tenha piedade, me tire desta cova por quem lá deixei.