Sendas da paixão
 
Eu sei que desta vida não se leva
paixão, amor, tristeza, a vil matéria,
a sangue que circula em nossa artéria,
a dor que nos crucia ou nos enleva.

E que a emoção é frágil, não longeva,
e muitas vezes mesmo deletéria,
tornando a nossa alma gris, cinérea,
que nada vê além da escura treva.

Eu sei! Mas não consigo ser razão,
envolta nessas sedas da emoção,
louca de amor, perdida a divagar.

Eu sei que tudo um dia há de passar,
mas hoje quero só amar e amar,
perder-me nessas sendas da paixão.
 
Brasília, 15 de Julho de 2011.
Pura chama, pag.88


 
Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado)
Enviado por Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado) em 15/07/2011
Reeditado em 19/04/2014
Código do texto: T3097088
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