Eu e a lua
É noite longa e tudo está deserto,
deserta está minh'alma, que vagueia,
saudosa, a te buscar, sem rumo certo,
ou ter, sequer, a luz de uma candeia.
Está demais escuro e a lua cheia
andeja, igual a mim, a céu aberto,
movida pelo amor, que é sempre incerto,
a reluzir no rio, que prateia.
E tudo está silente, a noite é fria,
somente a lua faz-me companhia
na angústia imensa dessa dor sem fim.
Oh! Lua! Meu penar é grande e antigo.
Por que não trazes meu amor contigo?
O meu viver é triste, andando assim.
Brasília, 14 de Julho de 2011.
Seivas d'alma, pg. 78