Eu e a lua

É noite longa e tudo está deserto,
deserta está minh'alma, que vagueia,
saudosa,  a te buscar, sem rumo certo,
ou ter, sequer, a luz de uma candeia.
 
Está demais escuro e a lua cheia
andeja, igual a mim, a céu aberto,
movida pelo amor, que é sempre incerto,
a reluzir no rio, que prateia.
 
E tudo está silente, a noite é fria,
somente a lua faz-me companhia
na angústia imensa dessa dor sem fim.
 
Oh! Lua! Meu penar é grande e antigo.
Por que não trazes meu amor contigo?
O meu viver é triste, andando assim.
 
Brasília, 14 de Julho de 2011.
Seivas d'alma, pg. 78

Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado)
Enviado por Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado) em 14/07/2011
Reeditado em 16/08/2020
Código do texto: T3095935
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.