Agonia
 
Sombria madrugada agonizante
na qual, em vão, eu busco por teu vulto,
trazendo dentro em mim amor sepulto,
e os nobres traços desse teu semblante;
 
das ilusões, recordo cada instante,
o teu olhar, o fino jeito culto,
revivo o meu desejo, sempre oculto,
de ter o teu amor febril, pujante.
 
Aos poucos agoniza a madrugada
e a lua se escondeu atrás das rendas
bordadas pelas nuvens desditosas.
 
Sem teu amor, sem ti, eu não sou nada,
um ente que agoniza pelas sendas
das horas tão tristonhas, langorosas.
 
Brasília, 14 de Julho de 2011.
Seivas d'alma, pág. 97
Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado)
Enviado por Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado) em 14/07/2011
Reeditado em 17/08/2020
Código do texto: T3093965
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