XXV
Oh! Não lamentes, não, o fim de tudo,
pois tudo é vã quimera, devaneio,
mas há que se viver sem ter receio,
de peito aberto, sem qualquer escudo.
Eu sei! O mundo, às vezes, é bem rudo,
esgarça a nossa força, o nosso esteio,
(por isso tantos versos eu semeio)
e o tempo é tão voraz, demais sanhudo.
Que venha a dor da morte da quimera,
depois de tanto sonho, tanta espera,
e que soçobrem todos os desejos.
Mas que se viva sem temor, sem pejos,
sem medo desses tempos malfazejos,
ou de sonhar com belas primaveras.
Brasília, 05 de Julho de 2011.
Livro: CICLOS, pg. 49