Soneto: Preto e Branco

Os olhares se cruzam numa esquina mágica,

As cores dançam com o preto do amor,

o rio da vida, chora sua última dor

O sol revive sem esquecer.

A angústia do amanhecer,

desvirgina a madrugada nua,

A lei fecha o livro dos sussuros,

Enquanto o segredo canta nos ouvidos da dor.

As fotografias negras de paisagens errantes,

descartam a bela pequenina onírica,

Para flagrar a nudez da luz do pensar.

A terra é encolhida por flores,

Que espalhava cheiro de amores,

Na distância tênue entre intenção e gesto, fixava uma imagem sem cores.

Pablo Diego
Enviado por Pablo Diego em 26/06/2011
Reeditado em 14/05/2012
Código do texto: T3058734
Classificação de conteúdo: seguro