Jardins eternos
Nesses jardins sepultos dentro em nós,
podemos recolher etéreas flores,
que o tempo não roubou os seus olores,
ainda que ele seja rudo algoz.
Embora machucada pelas dores,
pisada pela vida, que é atroz,
co’as lágrimas secadas desde a foz,
minh’alma há de seguir-te onde fores...
E nesses tempos ermos, outonais,
os sonhos vão se embora com o vento,
quais folhas mortas que também se vão.
E no húmus d’alma hão de viçar, então,
as flores desse eterno sentimento,
regadas pelos prantos noturnais.
Brasília, 18 de junho de 2011.
Nesses jardins sepultos dentro em nós,
podemos recolher etéreas flores,
que o tempo não roubou os seus olores,
ainda que ele seja rudo algoz.
Embora machucada pelas dores,
pisada pela vida, que é atroz,
co’as lágrimas secadas desde a foz,
minh’alma há de seguir-te onde fores...
E nesses tempos ermos, outonais,
os sonhos vão se embora com o vento,
quais folhas mortas que também se vão.
E no húmus d’alma hão de viçar, então,
as flores desse eterno sentimento,
regadas pelos prantos noturnais.
Brasília, 18 de junho de 2011.