Renda
Um mundo sem tormento, sem cansaço,
tecido com as teias da ternura,
em fina renda, branca formosura,
dourados fios posto em cada laço;
cobrir o corpo teu – bela escultura -
com o meu corpo quente, terno, lasso,
e essências do desejo em cada traço,
sem nada a macular a terna alvura.
E a rescender no espaço teu perfume,
em cada canto um lânguido queixume,
teus olhos nos meus olhos, suplicantes.
E nessa renda ver-te adormecido,
de teus tormentos, ânsias, esquecido,
poder mirar-te assim alguns instantes.
Brasília, 11 de Junho de 2011.
Pura chama, 93
Um mundo sem tormento, sem cansaço,
tecido com as teias da ternura,
em fina renda, branca formosura,
dourados fios posto em cada laço;
cobrir o corpo teu – bela escultura -
com o meu corpo quente, terno, lasso,
e essências do desejo em cada traço,
sem nada a macular a terna alvura.
E a rescender no espaço teu perfume,
em cada canto um lânguido queixume,
teus olhos nos meus olhos, suplicantes.
E nessa renda ver-te adormecido,
de teus tormentos, ânsias, esquecido,
poder mirar-te assim alguns instantes.
Brasília, 11 de Junho de 2011.
Pura chama, 93