Ao poeta
 
O verso, sempre terna e doce prece,
exala de teu ser, perfuma a vida,
aplaca qualquer dor, qualquer ferida,
e traz, a todos nós, só luz, benesse.
 
Até a besta fera se enternece,
e vai orar, serena, lá na ermida,
tornando a alma leve e bem nutrida,
que a ira, pouco a pouco, se esvanece.
 
O teu cantar é belo, tão divino,
embriagador, fluente, cristalino,
mais belo que uma noite estrelejada.
 
Ó! Meu poeta canta! Canta e canta!
O canto, sofrimentos, acalanta...
E a vida é só cantar, cantar, mais nada.
 
Brasília, 10 de Junho de 2011.
ESTILHAÇOS, p. 97
Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado)
Enviado por Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado) em 10/06/2011
Reeditado em 19/10/2020
Código do texto: T3026491
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