Noturna (2)

E assim se foi, em plena luz do dia,
aquele amor que tanto quis, sonhara,
estrela reluzente, bela e rara,
razão de meu viver, minha poesia.
 
Em plena luz do dia - que tristura -
ele partiu, sem dar adeus, sem nada,
deixando a minha pobre alma arada,
depois de tanto amar, de tanta jura.
 
Aqui fiquei. Jamais eu fui feliz
depois daquele dia triste, gris,
depois de tanto amar, viver, sonhar.
 
Quisera ser cruel, felina ultriz,
que pena que não sei ser vil atriz,
e apenas sei amar... E amar... E amar.


Brasília, 10 de junho de 2011.


 
Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado)
Enviado por Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado) em 10/06/2011
Reeditado em 07/04/2014
Código do texto: T3026167
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