Riso
Acalma-me, oh moça, teu sorriso
Como acalma-me olhar sereno mar,
Um fiel que se vê no paraíso
Ao sentir sua vida se encerrar.
Indiscreto, pareço sem juízo,
Sem rumo e sem chão, sem caminhar
E nem sei se só quero ou se preciso
Te amar, ou somente admirar.
Só fingindo fingir que não te quero
Me convenço que quero em demasia
Como quer prisioneiro a liberdade
Apesar de saber que essa poesia
Não trará para mim felicidade
Acalmar-me com ela eu espero.