Refém (2)

Minh'alma se perdeu na verde mata densa
dos sentimentos bons que já senti na vida,
distante d’amargura e de qualquer ferida,
levando, dentro em si,  uma leveza imensa.
 
Distante ela se vai – chorei sua partida -
seguindo  seu destino, sem qualquer detença,
olhando para trás com tanta indiferença,
deixando o meu viver, a minha humana lida.
 
Distante ela se vai, e some mata afora,
sem carregar o peso - o fardo de meu ser -
liberta de meu corpo, meus limites todos.
 
Tornei-me, enfim, refém da solidão agora,
sem essa que me viu amar, chorar, nascer
e me deixou aqui, perdida nos meus lodos.
 
Brasília, 04 de junho de 2011.



Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado)
Enviado por Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado) em 04/06/2011
Reeditado em 26/01/2013
Código do texto: T3014058
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