Soneto de Marcos Loures
Não mais me caberia algum afeto
Tampouco qualquer farsa aonde eu pude
Traçar com mais astúcia uma atitude
Ousando na falácia e me completo,
Regendo cada passo, o predileto
Expressaria o todo em plenitude
E o sonho não traduz qualquer virtude,
Já que deveras sou tal mero inseto.
O medo não traria soluções
E quando na verdade; o quanto expões
Realça a mesma face desdenhosa
Aonde se quisera a bela rosa,
A luta num momento desafio,
Porém vejo mais forte, o torpe estio.
Minha resposta:
Ciclos 27
Edir Pina de Barros
Por mais que seja forte o torpe estio,
encontrarás ao menos uma rosa,
às margens de um regato, lago ou rio,
um verso, algum soneto, trova, prosa.
A vida - travessia e desafio -
por vezes enfadonha e lacrimosa,
é grito que se perde no vazio,
e tem a sua face desdenhosa.
Por vezes nos sentimos um inseto,
que não merece amor, qualquer afeto,
um gesto de amizade, de carinho.
A vida se apresenta em várias fases,
algumas delas tiram-nos as bases,
colocam tantas pedras no caminho.
Brasília, 1° de Junho de 2011.
Não mais me caberia algum afeto
Tampouco qualquer farsa aonde eu pude
Traçar com mais astúcia uma atitude
Ousando na falácia e me completo,
Regendo cada passo, o predileto
Expressaria o todo em plenitude
E o sonho não traduz qualquer virtude,
Já que deveras sou tal mero inseto.
O medo não traria soluções
E quando na verdade; o quanto expões
Realça a mesma face desdenhosa
Aonde se quisera a bela rosa,
A luta num momento desafio,
Porém vejo mais forte, o torpe estio.
Minha resposta:
Ciclos 27
Edir Pina de Barros
Por mais que seja forte o torpe estio,
encontrarás ao menos uma rosa,
às margens de um regato, lago ou rio,
um verso, algum soneto, trova, prosa.
A vida - travessia e desafio -
por vezes enfadonha e lacrimosa,
é grito que se perde no vazio,
e tem a sua face desdenhosa.
Por vezes nos sentimos um inseto,
que não merece amor, qualquer afeto,
um gesto de amizade, de carinho.
A vida se apresenta em várias fases,
algumas delas tiram-nos as bases,
colocam tantas pedras no caminho.
Brasília, 1° de Junho de 2011.
Livro: CICLOS, pg.51