Meus Versos
Meus Versos
Meus versos são tão pobres, tão sem jeito,
Suas rimas tristonhas e forçadas.
Rascunhados no mais do que imperfeito,
Costurados por linhas mal traçadas.
Meus versos são capengas e sem graça,
Que nem tenho vontade de escrevê-los.
Ah houvesse alguém para entendê-los,
No sentido da angústia que não passa.
Meus versos, os meus versos não traduzem,
A firmeza aspirada, pois incerta
É a beleza de archotes que não luzem.
No peito a voz se cala e mais aperta,
Ao ver que os meus versos não traduzem
Os anseios do sonhar de ser poeta.