Oferenda
Há tanta dor nos vãos das tristes sendas,
nos vincos de minha alma amortecida,
sinais de toda agrura de uma vida,
sem sonhos, ilusões ou doces prendas.
Ah! Minha vida! Eterna despedida!
Uma oferenda em meio às oferendas,
depois de tantas lutas, mil contendas
inúteis, sem ter paz, sem ter guarida!
Uma oferenda ao dia que esmorece,
ao arrebol, o alento de uma prece,
às luzes declinando no horizonte.
Assim vivi! Sem ter qualquer benesse!
Jamais bebi do amor, na sua fonte,
ou recebi um beijo terno, insonte.
Brasília, 31 de Maio de 2011.
Seivas d'alma, página 96
Há tanta dor nos vãos das tristes sendas,
nos vincos de minha alma amortecida,
sinais de toda agrura de uma vida,
sem sonhos, ilusões ou doces prendas.
Ah! Minha vida! Eterna despedida!
Uma oferenda em meio às oferendas,
depois de tantas lutas, mil contendas
inúteis, sem ter paz, sem ter guarida!
Uma oferenda ao dia que esmorece,
ao arrebol, o alento de uma prece,
às luzes declinando no horizonte.
Assim vivi! Sem ter qualquer benesse!
Jamais bebi do amor, na sua fonte,
ou recebi um beijo terno, insonte.
Brasília, 31 de Maio de 2011.
Seivas d'alma, página 96