Quando eu partir...

Nunca toquei tua pele com minhas mãos como queria,

Abraços, cumprimentos, ou mesmo sentir-te por um instante,

O que dizer de teus lábios cujo paladar só nos sonhos sentia,

E tua voz, ah que voz, era e é a melodia do meu sono constante.

Se tu soubesses que é o meu único fio de esperança nesta vida,

O quê me faz sorrir quando acordo, e de imediato penso...

Onde ela está? O quê faz? O quê a deixa feliz? O quê lhe dá lascívia?

Saberias que és o raio de sol que me acorda, que me toca, e eu levanto.

A sobrevida já é tão difícil sem ti, contigo ao menos não haveria dor,

Talvez sejas a fonte de cura de minha tristeza que me jaz lentamente,

Por tudo, imploro em lágrimas aos teus pés, que deixes entrar o amor...

No teu riso, no teu carinho, nos teus beijos, nos teus gestos, na tua fala,

Pois saberás, que quando eu partir, dos meus cinco sentidos que descrevi,

A fragrância de tua pele será melhor do que as flores do meu funeral.

ROGERIO WANDERLEY GUASTI
Enviado por ROGERIO WANDERLEY GUASTI em 23/05/2011
Código do texto: T2988308
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