Quando eu partir...
Nunca toquei tua pele com minhas mãos como queria,
Abraços, cumprimentos, ou mesmo sentir-te por um instante,
O que dizer de teus lábios cujo paladar só nos sonhos sentia,
E tua voz, ah que voz, era e é a melodia do meu sono constante.
Se tu soubesses que é o meu único fio de esperança nesta vida,
O quê me faz sorrir quando acordo, e de imediato penso...
Onde ela está? O quê faz? O quê a deixa feliz? O quê lhe dá lascívia?
Saberias que és o raio de sol que me acorda, que me toca, e eu levanto.
A sobrevida já é tão difícil sem ti, contigo ao menos não haveria dor,
Talvez sejas a fonte de cura de minha tristeza que me jaz lentamente,
Por tudo, imploro em lágrimas aos teus pés, que deixes entrar o amor...
No teu riso, no teu carinho, nos teus beijos, nos teus gestos, na tua fala,
Pois saberás, que quando eu partir, dos meus cinco sentidos que descrevi,
A fragrância de tua pele será melhor do que as flores do meu funeral.