QUIMERAS

Magoa, desilusão, dor, decepção

Triste de mim, perdida em rimas

Entremeadas em meus anseios dolentes

Cravadas a ferro de realidade do coração.

Arrastada pela poesia, dominada deixo-me ir,

Extraio o sumo dessa dor, paciente e polida

O deixo escorrer, e em cada linha fluir...

Assim registro o que sou, no papel da minha vida.

Inspira-me quase sempre a alegria,

Hoje que me dói, se me arranca e alivia...

Escrevo o que sou, o meu ser e fantasia.

Da minha inspiração, irrompe a amargura

Dos meus versos só a minha desventura

Deságuo quimeras, como da nascente água pura.

Zeni Bannitz
Enviado por Zeni Bannitz em 22/05/2011
Reeditado em 22/05/2011
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