QUIMERAS
Magoa, desilusão, dor, decepção
Triste de mim, perdida em rimas
Entremeadas em meus anseios dolentes
Cravadas a ferro de realidade do coração.
Arrastada pela poesia, dominada deixo-me ir,
Extraio o sumo dessa dor, paciente e polida
O deixo escorrer, e em cada linha fluir...
Assim registro o que sou, no papel da minha vida.
Inspira-me quase sempre a alegria,
Hoje que me dói, se me arranca e alivia...
Escrevo o que sou, o meu ser e fantasia.
Da minha inspiração, irrompe a amargura
Dos meus versos só a minha desventura
Deságuo quimeras, como da nascente água pura.