NAMORANDO A FOTO

NAMORANDO A FOTO

Hoje, de quem eu nunca vi, senti saudade.

Do lindo corpo quanta emoção irradia!

Eu não sei por que é tão grande sua magia,

sou eu o eclipse e sua alma é só claridade.

Quando olho essa imagem, eu leio a poesia,

ao recriar a nata feminilidade;

presumo ser plena a alma em sensibilidade.

Quanta meiga ternura há na fotografia!

Os cabelos sedosos; o colo, que graça!

Os lábios; meigo o olhar; ter só a foto... é trapaça!

... chego a sentir-lhe do corpo seu doce olor.

A foto nem ouve se minha alma murmura

doces mimos de amor – palavras de ternura,

quando em arroubos lhe digo que é seu o meu amor.

Afonso Martini

190511

Afonso Martini
Enviado por Afonso Martini em 20/05/2011
Reeditado em 20/05/2011
Código do texto: T2983017
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