Ocaso

Se falo em separar depressa te aborreces,
eu não entendo, não, mas seja como for
devias me escutar, sem mágoas, sem rancor,
pois na separação existem ganhos, messes.

Desculpas tolas! Não mereço, não mereces,
já nos amamos tanto e agora, por favor,
se entre nós dois morreu o doce e terno amor,
a nossa história é  mais sagrada do que as preces.

Eu sei! Sabemos nós da nossa dor, tristura,
em ver morrer um grande amor, tão raro e belo,
repleto de paixão, de tanta paz, candura...

Mas não devemos ir adiante. Isso é loucura.
Se tudo se esgarçou, rompeu-se o laço, elo,
aceita o fim amor, que agora, triste, velo.
 
Brasília, 20 de Maio de 2011.
Seivas d'alma, pg. 58


 
Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado)
Enviado por Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado) em 20/05/2011
Reeditado em 13/02/2017
Código do texto: T2982868
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.