SE UM PÁSSARO ME TOMASSE...
Se, em suas asas, um pássaro me tomasse
e, no espaço etéreo, eu subisse, subisse,
até que de tudo que é terreno eu fugisse,
talvez, até, que noutro ser eu me tornasse...
Um ser liberto de penas mas que voasse,
um ser inteiro e perfeito que não fingisse,
um novo ser que a si mesmo não se visse
até que... numa outra dimensão entrasse!
Se um pássaro comigo trocasse suas penas,
e eu logo me transformasse num ser alado
com novas capacidades valiosas... plenas,
eu me surpreenderia por jamais ter voado,
por me ter limitado a caminhar, apenas...
Por tamanha vulgaridade me ter bastado!