Dúvidas

Perdida entre anjos sepulcrais,
caminho sem sentir, da vida, o gosto,
a recordar teu nobre jeito e rosto,
que nunca olvidaria, não, jamais.
 
Por entre as brumas desde morno Agosto,
andejo a lacrimar meus tristes ais,
levando em mim as dúvidas mortais,
se tu me amaste como eu hei suposto.
 
No sepulcral silêncio, feito louca,
sentindo n’alma a dor da indecisão,
em vão gritei o nome teu, querido.
 
Se ouvisses minha voz, dorida e rouca,
que brota do meu imo, coração,
entenderias tudo que hei sofrido.
 
Brasília, 15 de Maio de 2011.
Seivas d'alma, página 117
Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado)
Enviado por Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado) em 15/05/2011
Reeditado em 17/08/2020
Código do texto: T2972466
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