Soneto de Amor

Infinitas constelações de sonhos lastimosos,

Em vôos de uma aurora de pétalas flamejantes

De finas e fracas asas, em infinitos vacilantes

Num seio, que em meus lábios caem chorosos.

Em rubros coros, tão puros, tão gloriosos...

Vagando plangentes em imagens de dois amantes

Que embalsamados na eternidade, cintilantes

Vidas, que pálidos como o luar, vaga harmoniosos.

É um poema que num vôo de uma fraca bruma

Dança levemente em enfermidades e encantos

Ou agitados bailando numa furiosa espuma.

Assim, como infinitos, para ti são os prantos.

Pétalas que voam na eternidade, uma a uma...

Encharcam o medo, tornando-os encantos.

lord crow
Enviado por lord crow em 09/05/2011
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