Soneto de Amor
Infinitas constelações de sonhos lastimosos,
Em vôos de uma aurora de pétalas flamejantes
De finas e fracas asas, em infinitos vacilantes
Num seio, que em meus lábios caem chorosos.
Em rubros coros, tão puros, tão gloriosos...
Vagando plangentes em imagens de dois amantes
Que embalsamados na eternidade, cintilantes
Vidas, que pálidos como o luar, vaga harmoniosos.
É um poema que num vôo de uma fraca bruma
Dança levemente em enfermidades e encantos
Ou agitados bailando numa furiosa espuma.
Assim, como infinitos, para ti são os prantos.
Pétalas que voam na eternidade, uma a uma...
Encharcam o medo, tornando-os encantos.