Pássaro ferido
 
Minha alma é pobre pássaro ferido,
caído ao chão, sangrando ali sozinho,
distante do que é seu, do morno ninho,
de tudo tão distante, desvalido;
 
um pássaro tão só sem paz, carinho,
que já não tem na vida fé, sentido,
que vive sem razão, sempre esquecido,
e se perdeu em meio a um torvelinho.
 
Um pássaro ferido que agoniza,
nem mesmo sente mais a leve brisa,
e se resume à própria dor, tristura.
 
Voar tão alto foi, eu sei, loucura,
a vida é sempre acre, muito dura,
e, nunca, o nosso sonho concretiza.
 
Brasília, 08 de Maio de 2011.

Seivas d'alma, pg. 56

Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado)
Enviado por Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado) em 08/05/2011
Reeditado em 16/08/2020
Código do texto: T2956225
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