O DESTINO DA CALMA

Rompe o fio flectido, desfralda ao vento,

A bandeira freme num desvario dançante,

Estandarte da ignava pele de amante

Que calcando as ondas vai ele isento.

Um fiapo da saudade adeja alto mar

Sob o flavo sol do calmo e cálido estio

Que ao longe avista após o vazio

Os lábios das águas, o porto a ancorar.

E logo atracando, aparelho o meu navio,

Como capitão desço ao chão sombrio,

Sem avistar sequer a viva alma.

Mas o coração ancorado pelo amor

Que navegou pela face da acerba dor,

Já conhece quando soprará a calma.

(YEHORAM)

YEHORAM BARUCH HABIBI
Enviado por YEHORAM BARUCH HABIBI em 05/05/2011
Código do texto: T2951056
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