TEATRO DA VIDA
TEATRO DA VIDA
São abismos de sonhos onde caio lentamente,
que nem chego a sentir como são profundos.
Tão inconseqüentes diante desse nosso mundo,
que se revelam mais promíscuos e decadentes.
Até quando serei apenas um mero figurante,
deste teatro burlesco encenado todos os dias?
Em qual dos atos encontrarei a minha alegria,
tal qual o palhaço nesse cenário ambulante.
Sei que saio de cena cada vez que eu desperto,
deste sono invulgar que invoca a nostalgia,
pois quando olho em minha volta está deserto.
São os pesadelos que contemplam a fantasia,
de que possa ser entre muitos o mais esperto,
entretanto, no fim o que encontro é melancolia.