DE SEXTA A SEXTA
DE SEXTA A SEXTA
De sexta a sexta a vida se faz de segundos,
Contados no tic tac de relógios suíços.
Em nenhum deles nos não deixa compromisso,
Quer tenhamos palmo de terra ou latifúndios.
E enquanto aproveito a vida gasto gerúndios,
Deglutindo, corrigindo, dando sumiço,
Em estultezes, malvadezas, bem por isso
Tento as pazes com os meus interiores mundos.
Quando cinco mais cinco não dá dez – atentos,
Há algo errado na soma desses elementos;
Algo na vida sofreu má interpretação.
É corrigindo, desfazendo-se dos falsos
Conseguiremos não sofrer nenhum escalpo
Tranqüilizando a consciência e o coração.
Afonso Martini - 030511