Desprezo

Não quero, não, saber dos teus penares,
da dor, que agora tens, contigo andeja,
que deixa densas brumas pelos ares,
e sorves, sempre, em copos de cerveja;
 
eu quero a paz dos anjos nos altares,
da brisa, que os rosais balança, areja,
dos pássaros que cantam nos pomares,
o mel do ingá, das polpas de cereja.
 
Aquele antigo amor morreu, de vez,
agora tenho, apenas, a altivez
e muitos sonhos, tantas esperanças.
 
Esquece tuas mágoas e vinganças,
desejo a luz do riso das crianças,
sem ter sinais de ti em minha tez.
 
Brasília, 1º de Maio de 2011.
Seivas d'alma, pág. 24
Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado)
Enviado por Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado) em 01/05/2011
Reeditado em 15/08/2020
Código do texto: T2941691
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.