Desprezo
Não quero, não, saber dos teus penares,
da dor, que agora tens, contigo andeja,
que deixa densas brumas pelos ares,
e sorves, sempre, em copos de cerveja;
eu quero a paz dos anjos nos altares,
da brisa, que os rosais balança, areja,
dos pássaros que cantam nos pomares,
o mel do ingá, das polpas de cereja.
Aquele antigo amor morreu, de vez,
agora tenho, apenas, a altivez
e muitos sonhos, tantas esperanças.
Esquece tuas mágoas e vinganças,
desejo a luz do riso das crianças,
sem ter sinais de ti em minha tez.
Brasília, 1º de Maio de 2011.
Seivas d'alma, pág. 24
Não quero, não, saber dos teus penares,
da dor, que agora tens, contigo andeja,
que deixa densas brumas pelos ares,
e sorves, sempre, em copos de cerveja;
eu quero a paz dos anjos nos altares,
da brisa, que os rosais balança, areja,
dos pássaros que cantam nos pomares,
o mel do ingá, das polpas de cereja.
Aquele antigo amor morreu, de vez,
agora tenho, apenas, a altivez
e muitos sonhos, tantas esperanças.
Esquece tuas mágoas e vinganças,
desejo a luz do riso das crianças,
sem ter sinais de ti em minha tez.
Brasília, 1º de Maio de 2011.
Seivas d'alma, pág. 24