SALA DA FELICIDADE

SALA DA FELICIDADE

A sala da felicidade está vazia

Sem janelas, sem ar, a porta está fechada;

Bem longe do convívio da mulher amada.

Vivemos aqui a sós, eu e minha poesia.

Tantos anos de solidão, lenta, amuada,

Minha alma morta vive e lentamente esfria.

Dos tempos idos não sente aquela magia,

Inutilmente só vive a angústia do nada.

Sombra de carinhos vem de amigos de porta,

Quando beijam e abraçam uma alma já morta,

Que pensam feridas; minimizam a dor.

Mas tão logo seu ardor larga a alma inútil,

Determina-se ela que viver só é tão fútil

Se tanto sonha com um grande e doce amor.

Afonso Martini

290411

Afonso Martini
Enviado por Afonso Martini em 29/04/2011
Reeditado em 03/05/2011
Código do texto: T2937895
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