POEMA DO FIM COMUM
Pelas sendas em meio esta necrópole
Por entre aquelas lages sepulcrais
De mórbidas homenagens ancestrais
Como numa distante clássica acrópole.
Conduzindo o caixão congénere ao fim
Cantando uma melancólica amenta
Quando na multidão alguém comenta:
Por que ele partiu tão jovem assim!?
De muitos que eu já conduzi relutante
Alguns desafetos, que no fundo, perdoei,
Ninguém sabe o futuro mais adiante.
A vida dá voltas sobrestando na morte
Que para tantos esses que já rezei
Não contavam com o destino, esta sorte.
(YEHORAM)