BAÚ
Quantos objetos reinam no baú,
No decreto supremo da injustiça!
Ó sono temeroso de preguiça...
Nada sereno, tudo leve, azul...
Um perfume longínquo que me atiça...
O passado inocente sem tabu...
O cântico de um último urubu...
Um leque prisco, um véu negro de missa...
Lençóis que guardam algo tão secreto...
Passados perigosos: ilusões!
Prelúdio fugitivo só repleto
De notas lacrimosas de emoções...
Eis, minha cara, meu caro, o decreto
Que me impôs azuis recordações...