Ciclos XXVIII
A vida é tênue chama de uma vela
que treme, quando a leve brisa a tange,
um sino que distante toca, plange
na solidão da torre da capela;
é chama que tremula frágil e bela,
por mais que mil escudos se lhe arranje,
acaso encontre a morte e seu alfanje,
que não respeita porta, nem cancela;
a vida é rubra rosa perfumada
que morre aos poucos, sem fazer alarde,
e caí no chão desfeita, desmaiada;
é tênue luz de sol em fim de tarde,
que aos poucos se transmuta e se degrada:
é fogo que se esvai enquanto arde.
Brasília, 11 de Abril de 2011.
Livro: CICLOS, pág. 52
A vida é tênue chama de uma vela
que treme, quando a leve brisa a tange,
um sino que distante toca, plange
na solidão da torre da capela;
é chama que tremula frágil e bela,
por mais que mil escudos se lhe arranje,
acaso encontre a morte e seu alfanje,
que não respeita porta, nem cancela;
a vida é rubra rosa perfumada
que morre aos poucos, sem fazer alarde,
e caí no chão desfeita, desmaiada;
é tênue luz de sol em fim de tarde,
que aos poucos se transmuta e se degrada:
é fogo que se esvai enquanto arde.
Brasília, 11 de Abril de 2011.
Livro: CICLOS, pág. 52