DESENCONTROS
A todo este amor que me devota
Intrépido, teimoso e tão sereno
Pérfido coração, rota sem porta
Perfura, dói ferida alma ... veneno!
Machucada, embebida em culpa
Por não querer-te, só sei que sofro
Dura dívida que só me avulta
Ver-te sofrendo... mísero desgosto.
Ah! Minha doce, dolente criança
Não posso mentir-te! Sem esperança!
Que o tempo de ti varra esta chama
Nós somos iguais, parceiros na dor
Ironia, desencontros de amor
Eu também amo a quem não me ama