Quimera

Como uma pétala, borboleteando no outono

Febril adejando pelo sedoso e triste jardim.

Num leito, os seios dançam, em doce sono.

Arfando a doçura do venenoso jasmim.

Vagas claridades, que em teu corpo é dono.

Um leito de rosas que desejo para mim,

E essas pétalas, sem rumo, passam o outono

Ofegantes de luminosidade desejando o fim.

Dançantes na bruma, arfando fracas a cair

Tão singelas, como uma lagrima a sucumbir...

E em teu corpo, um leito para vagar sonhando.

Esta rubra brisa, de luminosidade e clarão,

São bailes, que num horizonte torna-se o salão...

Para que na eternidade seguem dançando.

lord crow
Enviado por lord crow em 07/04/2011
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