Desditosa
 
Sem ti me morro, sinto dores tantas,
prossigo, assim, a vida que me resta,
olhando-a pelo vão de estreita fresta,
enquanto que com outras tu te encantas.
 
Saudades sinto! Tu nem sabes quantas,
pois, teu viver é sempre, sempre festa,
enquanto a minha vida é gris, funesta,
tu vives a sorrir. E cantas, cantas...
 
Tentei viver feliz, porém perdida
prossigo, sem sentir a própria vida,
a rabiscar meus versos, só, calada.
 
A vida é mesmo assim, e assim caminha,
melhor louvar o amor, que em mim se aninha,
a nada mais sentir, saudades, nada.
 
Brasília, 02 de Abril de 2011.
Seivas d'alma, página 120
Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado)
Enviado por Edir Pina de Barros (Flor do Cerrado) em 02/04/2011
Reeditado em 17/08/2020
Código do texto: T2886017
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