EU, A BALA PERDIDA E O SEU ÚLTIMO OLHAR
Quando retorno desta imensidão desolada,
Venho sem acariciar o meu mundo interno,
Vi muitas coisas em maldade confrontada,
Onde nada parecia sobreviver neste inferno.
E sem que esta bala me perfurasse o sentimento,
Qual minha mente se prontifica na piedade lenta,
É também alvo do pavor convulsivo em sofrimento,
E de tanta agonia o meu pobre coração arrebenta.
Sei que moras na imensidão da sua palavra amiga,
Qual você a acolheu com educação na crédula paz,
Mesmo sabendo que tua sorte pudesse ser atingida.
Não reconheço a ira em teu olhar que me imploras e traz,
Parece sim que em meu doído peito ela já foi prometida,
Morte estúpida sem endereço, por ti ninguém chora rapaz.