Soneto ao Coração
Tua veste rubra em teu talhe,
Sugere um laço de fita envolto em rosas
E lábios que na pele fazem prosas...
Assim lembrei de ti… lembro cada detalhe!
Lembro o pousar do teu ventre,
Era como o cair da fruta que o chão sente,
Era tão leve como o germinar da semente,
Era fértil em ti, quando tu pedias: -Entre!
Me tornava macho, voraz Manga-larga!
Tu tinhas de mim a espada,
Pois pra mim tu és Rainha alada!
Oh, Rainha, deste a mim a tua adarga,
Por isso não entrei em teu peito,
Agora luto contra o choro em meu leito!