VOTO DERRADEIRO AO AMOR

Eu vou cantar o amor mais uma vez,

último canto, no final da estrada.

Vai tão distante a era da alvorada,

que mal a enxergo oblíqua e de revés.

Continuo a beber o meu xerez

em taça de cristal e ouro lavrada.

O tempo não venceu na caminhada,

meu orgulho e o amor, minha altivez.

O amor é o sentimento, o talismã,

que me conduz à frente, passo a passo

e me aponta o sorriso do amanhã.

Prende-me forte e eterno no seu laço

de amizade – no cume ou na rechã,

impondo-se a temores e embaraço.

Em 19-05-02