OFICINA DE SONETO

Fagner Roberto Sitta da Silva

Aos poucos vou compondo meu soneto,

e o quero todo cheio de desejo,

que seja raro como um grande beijo,

mas reparo que acabo este quarteto...

Que ele brinque em seu frágil esqueleto,

que em meus versos esteja todo o ensejo

de um novo verso, de um cantar que almejo

neste pobre soneto que arquiteto.

Talvez, agora, fale de um profundo

amor... amor que abale todo o mundo

com a minha poética de estufa.

Mas não me resta tempo, é curta a vida,

agora estou num beco sem saída...

Escapo e me despeço, amigos, ufa!

12 de abril de 2005.

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Primeira versão deste soneto foi publicada no livro Poetas Reunidos I, Biblioteca APEG, ano de 2006; no Jornal Folha de Garça, em maio de 2005, e no site Sonetos.com.br.

Fagner Roberto Sitta da Silva
Enviado por Fagner Roberto Sitta da Silva em 13/03/2011
Reeditado em 16/03/2011
Código do texto: T2845402
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