Confissões (IV)
Se na poesia busco meu exílio,
e nestes versos minha dor exponho,
quiçá por medo d’outro amor ou sonho,
ou ver o fim de mais um doce idílio;
se exílio busco neste mundo escrito
e inscrevo aqui os meus penares, dores,
meus desencantos, mágoas dissabores,
porque não creio mais no amor, no mito.
Mergulho, enfim, em outras utopias,
para escandir a dor que me maltrata
e deixa dentro d’alma tal cesura;
a versejar eu passo noites, dias,
fugindo dessa dor, que a mim me mata,
dessa tristeza, denso fel, agrura.
Brasília, 12 de março de 2011.
Se na poesia busco meu exílio,
e nestes versos minha dor exponho,
quiçá por medo d’outro amor ou sonho,
ou ver o fim de mais um doce idílio;
se exílio busco neste mundo escrito
e inscrevo aqui os meus penares, dores,
meus desencantos, mágoas dissabores,
porque não creio mais no amor, no mito.
Mergulho, enfim, em outras utopias,
para escandir a dor que me maltrata
e deixa dentro d’alma tal cesura;
a versejar eu passo noites, dias,
fugindo dessa dor, que a mim me mata,
dessa tristeza, denso fel, agrura.
Brasília, 12 de março de 2011.