Um corpo num campo solitário

Deixo – ti uma rosa, pálida como tua canção

Ofegante, solitária, murcha... Teu fino cintilar.

Tão triste, caída, com poucas pétalas a cantar.

Feias, místicas,... numa perfumada estação.

Mais uma pétala, não dormirá em teu coração

Murcha, fina, cinza,... a brisa foste a carregar

Tão doce, jeitosa, num gostoso e fino balançar

Voou sobre o jardim, numa clara satisfação.

Assim a brisa, em seus braços frios outra levou

Bailando, sorrindo, solta, mais sozinha não voou.

Outra foi assim pálida, sem cor, nem perfumada.

Outra e outra, a brisa fria... Nenhuma deixou

Num horizonte pálido, de vermelho manchou...

Numa dança, vermelha, ofegante, silente, calada.

lord crow
Enviado por lord crow em 10/03/2011
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