SABOR DA ARTE (série sabores - I)

SABOR DA ARTE (I)

Sábio Deus, vós sabeis bem tudo o que se passa,

os fios do insólito que ligam os humanos;

a vil solitude que envolve o desengano

que em campos de vidas a dois se desenlaça.

Falsos alarmes de saborosos arcanos

que ferem os corações pintando desgraças;

que malogros prometem às almas com laços,

decepções humanas com que nos deparamos.

Meu Pai, poesia é engodo, embora seja arte,

nesta vida do vate em negra solidão

se a brisa amena do sopro da arte o enfarta?

Mas, ah! da insana espera transcende a ilusão

é carícia de pluma na mente destarte

mas fere o silêncio do sabor da emoção.

Afonso Martini

250211

Afonso Martini
Enviado por Afonso Martini em 25/02/2011
Reeditado em 25/02/2011
Código do texto: T2814906
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