Medo
Dentro de mim há um medo,
Uma carência que sufoca,
Presa na garganta é o meu pecado,
Sufoco que cala minha boca.
E esse medo, preso no meu ventre,
Prisioneiro louco, cárcere de minha vontade,
Não dei permissão para que entre,
Mesmo assim era disfarçado de caridade,
Em vão tentei me libertar,
Desse medo que me tortura,
Do louco desejo de beijar,
Os lábios mais ardentes,
De embriagar no perfume sedutor
E mergulhar nas ondas do seu calor.
(Rod.Arcadia)