MASSA FALIDA

MASSA FALIDA

Quem és que tanto me perturbas a razão;

quererás seduzir minha consciência?

Quem foi que te deu semelhante competência,

se os sentimentos estribo-os no coração?

Se fui criado pela diva providência

Pra na própria mente chegar à conclusão,

faço uso do talento, malgrado à ilusão,

propondo-me arcar com a real consequência.

E nesta dádiva de amar e ser amado;

nessa prerrogativa que me é conferida,

apostarei todos os trunfos do meu fado.

Passo a vender ações dessa massa falida;

ergo a moral do coração, tão abalado.

Como é dado a todos, dá-me o direito à vida.

Afonso Martini

150211

Afonso Martini
Enviado por Afonso Martini em 16/02/2011
Reeditado em 16/02/2011
Código do texto: T2795736
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