O PENSAMENTO

Deixo que vá por si, ao infinito,

o pensamento, ao vôo imaginário!

Que siga feito em gênio, no estuário

dos bilhões de asteróides de granito.

Vá mais e vá mais longe, o meu delito,

há de mostrar-se como algum corsário

das estrelas, dos astros, perdulário

da fantasia astral, sonho bonito!

Não pare nunca, deixe ir-se, a morte,

um dia descerá, por ser mais forte,

feita em poder de deuses tutelares.

Então, há de restar sem ter defeito,

sobrevoando o tempo o meu soneto,

cavalo eterno sobre a terra e os mares.

joaojustiniano@terra.com.br

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