Cansado de chorar pelas estradas,
Exausto de pisar mágoas pisadas,
Hoje eu carrego a cruz das minhas dores!
Augusto dos Anjos
Cansaço (1)
Cansada, vou levando a cruz das minhas dores,
pisando as minhas mágoas, dissabores tantos,
sedenta por achar a fonte dos candores,
dos sonhos, das quimeras, com os seus encantos;
no meu viver, jardim sem cor, encanto, olores,
andejo, errante e só, nos íntimos recantos,
a ruminar imensas mágoas, dissabores,
regando, sempre, as relvas secas, com os prantos;
em minha estrada não diviso qualquer luz,
certezas, esperanças, dentro em mim não trago-as,
arrasto a minha dor, sentindo o próprio fim;
e, repisando meus caminhos, sigo assim,
exausta de chorar, cansada dessas mágoas,
a carregar, das minhas dores, essa cruz.
Brasília, 8 de Fevereiro de 2011.
SEIVAS D'ALMA, pg. 25
Exausto de pisar mágoas pisadas,
Hoje eu carrego a cruz das minhas dores!
Augusto dos Anjos
Cansaço (1)
Cansada, vou levando a cruz das minhas dores,
pisando as minhas mágoas, dissabores tantos,
sedenta por achar a fonte dos candores,
dos sonhos, das quimeras, com os seus encantos;
no meu viver, jardim sem cor, encanto, olores,
andejo, errante e só, nos íntimos recantos,
a ruminar imensas mágoas, dissabores,
regando, sempre, as relvas secas, com os prantos;
em minha estrada não diviso qualquer luz,
certezas, esperanças, dentro em mim não trago-as,
arrasto a minha dor, sentindo o próprio fim;
e, repisando meus caminhos, sigo assim,
exausta de chorar, cansada dessas mágoas,
a carregar, das minhas dores, essa cruz.
Brasília, 8 de Fevereiro de 2011.
SEIVAS D'ALMA, pg. 25