IRASCÍVEIS
Diante da língua do ébrio indômito,
Do amigo no bar que afeto alardeia,
Derrama palavras vazias em vômito,
No fim é inimigo que o amigo semeia.
Na luz que escoa do copo suado
Desordem concorre com os seus risos,
O idioma ali é o de Babel falado,
Tornam-se elogios em insultos incisos.
No copo a cerveja gelada espuma,
Da ira de tolos brigando pela razão,
Se tontos não tem razão alguma?
O álcool lhes rouba até a sensação,
Não é o alcóolico da bebida que escuma,
Irasciveis: o vosso alcool é inveja em elação!
(YEHORAM)